Debate sobre preço para despachar bagagem volta a ganhar força  no Brasil

Com possível gratuidade, preço das passagens aérea deve aumentar mais um pouco.

Com a diminuição na transmissão e contaminação causada pelo novo coronavírus, os deslocamentos e viagens começam a retomar um padrão pré-crise sanitária. Mais pessoas estão se organizando para viajar, e isso inclui encontrar as melhores malas de viagem para um passeio agradável.

Atualmente, há boas opções de malas de viagem baratas, mais ou menos resistentes, e também com variações de tamanho. Existem as malas tamanho G, geralmente mais fortes, com material mais firmes, e que acomodam um número maior de itens. Em média, as malas grandes têm 32kg de capacidade e dimensões aproximadas de 45 x 29 x 77cm.

Já as malas de bordo, que são menores, servem para carregar apenas itens de primeira necessidade ao longo da viagem, e via de regra são levadas pelo passageiro a bordo. O tamanho e peso médios das malas P é de 10kg e 40x20x55 cm. O modelo médio, que fica entre as duas opções citadas, tem capacidade estimada de 23kg de capacidade e mede cerca de 41 x 26 x 66 cm.

Todo esse descritivo é fundamental na hora de buscar onde encontrar malas de viagem baratas, assim como a definição do modelo preferencial. Neste momento, o Congresso discute a volta do despacho gratuito de bagagem, algo que foi extinto há alguns anos. Atualmente, para despachar bagagem, o cliente precisa pagar uma quantia extra.

No fim de abril, a Câmara dos Deputados aprovou a retomada do despacho gratuito de bagagem de até 23 quilos em voos nacionais e de até 30 quilos em voos internacionais. A mudança faz parte de medida provisória que reformula a legislação do setor aéreo.

Os deputados aprovaram emenda da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) que inclui um dispositivo no Código de Defesa do Consumidor proibindo as companhias aéreas de cobrarem qualquer tipo de taxa, em voos nacionais, pelo despacho de bagagens de até 23 kg; e em voos internacionais, pelo despacho de bagagens de até 30 kg.

"As empresas não foram verdadeiras quando afirmaram que iam baixar o preço da passagem se nós permitíssemos aqui a cobrança da bagagem. A maioria desta Casa permitiu, com o protesto de um número expressivo de Parlamentares, e agora todos viram que foram enganados", destacou a deputada. "Então, é hora de cobrarmos das empresas a parte delas. Se elas estão cobrando tão caro pela passagem, então que deem ao cidadão o direito de ter pelo menos uma mala despachada de forma gratuita", acrescentou.

A proposta, que é polêmica e enfrenta resistência das companhias aéreas, deve ser derrubada no Senado, segundo informou o jornal Folha de S.Paulo na semana passada. De acordo com a reportagem, representantes do setor aéreo afirmam que tornar o despacho gratuito vai inibir a presença de empresas internacionais do setor no país.

"Dessa forma, as empresas aéreas têm a liberdade comercial para desenvolver os seus produtos e entregar aquilo que os seus passageiros de diferentes estilos preferem consumir aquele produto", afirma Dany Oliveira, diretor-geral da IATA no Brasil.

"Eu, por exemplo, numa viagem Rio-SP, um 'bate-volta', não pretendo levar uma bagagem, só levo a minha mochila. Por que eu tenho que subsidiar a passagem de uma outra pessoa? No mundo lá fora isso não acontece. Se o Brasil voltar ao modelo antigo, será um sinal muito negativo que daremos para todo o mercado. Distanciando o Brasil das melhores práticas internacionais", afirma Oliveira.

Ainda segundo a notícia publicada no jornal paulista, apenas Cuba e Coreia do Norte ainda aplicam a franquia de bagagem. Ou seja, sem cobrar o despacho da mala a parte do valor da passagem.

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