Diversos sites e mídias da especialidade, e não só, escolheram Fortnite como tema no final de 2018. O próprio Washington Post, um dos maiores jornais dos Estados Unidos, falou no assunto. A notícia era o fenômeno cultural em que o Fortnite estava se tornando. Mais que um videojogo, Fortnite estava virando o ponto de encontro de toda uma geração. Amigos da escola chegavam em suas casas, ligavam o jogo e continuavam juntos, jogando em conjunto, batendo um papo e até conhecendo novos amigos de sua escola, ou de outras, ou de outras cidades ou países.

Não surpreende que a Copa do Mundo de Fortnite vá acontecer em New York, e não em uma qualquer cidade desconhecida, e esteja movimentando prêmios no valor de 30 milhões de dólares. O Fortnite não é só mais um esporte ou passatempo; é um grande fenômeno cultural, que está fazendo surgir um novo estilo de vida.

O eGaming está se tornando uma coisa séria

O fenômeno está muito ligado às gerações mais jovens. Mesmo os mais velhos que já jogaram console em sua infância ou adolescência parecem estar passando um pouco ao lado daquilo que o eGaming pode vir a ser. Os jogos são complexos e exigentes, e a troca de ideias entre jogadores está transformando os games em novas redes sociais. Os melhores praticantes são recompensados, e a competição é intensa; a dedicação e o talento necessário são tais que o próprio Ayrton Senna se reconheceria nos melhores jogadores de Fortnite, FIFA, Counter Strike:Global Offensive e outros jogos. Não admira que as empresas queiram patrocinar essas competições e que, quase desde o início, o esporte esteja virando um grande negócio.

Apostas esportivas? Claro

Não admira também que um número cada vez maior de “torcedores” esteja interessado em arriscar em apostas esportivas em eSports e eGaming. Eles conhecem os jogos, os principais heróis e times, e estão dispostos a se divertirem um pouco mais tentando ganhar bons prêmios, como fariam com futebol – ou pelo menos como tantas pessoas, no Brasil e no mundo, fazem com o futebol.

As apostas, naturalmente, são feitas através de plataformas online. Alguns apontam que apostar pode ser ilegal, mas isso só seria válido se a aposta fosse feita em um banca brasileira; quando o site está operando a partir do exterior, como é o caso do Vulkan Bet, a lei é omissa. Além disso, as grandes plataformas de apostas esportivas atuando em nosso mercado são estrangeiras e devidamente registradas e licenciadas em seus países de origem (O Vulkan Bet está registrado em Malta).

Que futuro?

No início do século XX, intelectuais brasileiros como Graciliano Ramos e Lima Barreto deixaram duras críticas à novidade do futebol. Viam o novo fenômeno como contrário às tradições do país, símbolo de rebaixamento mental e previam que sua popularidade seria passageira. Ao mesmo tempo, teve até movimentos para proibir a prática, com alguma força política na década de 1910. A História mostrou que futuro tiveram essas ideias e opiniões.

Hoje, tem muita crítica e resistência aos esports, principalmente por quem tem mais de 40 anos. Apontam que isso não é esporte verdadeiro, que zombies estão sendo criados, e tudo o mais. Na Inglaterra, o príncipe Harry está tomando a mesma atitude que os intelectuais brasileiros tiveram com o futebol. Não será que estas críticas verão o mesmo fim que as de Graciliano Ramos? O futuro dirá. Quanto ao presente, é de um crescimento acelerado do eGaming enquanto entretenimento sob todas as formas; para jogar, para assistir, para conviver com amigos e desconhecidos, como elemento estruturante da cultura social para milhões em todo o mundo. E para apostar, também.

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