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Uma biografia pode ser mais do que simplesmente uma porção de relatos de uma história de vida, mas uma ferramenta capaz de resgatar e valorizar a história de pessoas que nunca tiveram os mesmos holofotes dos grandes ídolos, mas que tiveram uma jornada tão impressionante quanto.
Em meio a tantos filmes e documentários de atletas consagrados que bombaram na mídia e nas bilheterias, cinco obras que trazem à tona esportistas menos conhecidos do grande público merecem uma atenção especial, seja pela qualidade da produção ou pela sua importância histórica para a humanidade.
Eu, Tonya (2017)
Dirigido por Craig Gillespie e escrito por Steven Rogers, o filme narra a história de Tonya Harding, uma ex-patinadora artística norte-americana de origem humilde e que sofreu abusos físicos e mentais pela própria mãe. Apesar da infância conturbada e dos preconceitos vividos dentro do ambiente esportivo, ela se transformou numa atleta de ponta, participou de duas edições dos Jogos Olímpicos de Inverno e conquistou o segundo lugar no Campeonato Mundial de 1991.
A trama também mostra como um ataque à sua rival Nancy Kerrigan antes de uma importante competição em 1994 mudou os rumos da sua carreira e da sua vida. A obra recebeu três indicações ao Oscar e Globo de Ouro, levando os prêmios de Melhor Atriz Coadjuvante com Allison Janney, intérprete da mãe de Tonya, em ambos os eventos.
O Jogador: A História de Stu Ungar (2003)
O filme retrata a história de Stu Ungar, um jogador profissional de poker norte-americano de muito sucesso nas décadas de 80 e 90. Ele foi tricampeão do evento principal da World Series of Poker (WSOP), nos anos de 1980, 1981 e 1997, numa época em que a internet era praticamente inexistente e sequer se imaginava a criação dos modelos de partidas online que possibilitam a qualquer pessoa participar de jogos de poker valendo dinheiro na web, independentemente de onde ela esteja.
Apelidado de “The Kid”, o garoto prodígio se profissionalizou no esporte ainda aos 14 anos de idade para ajudar a sustentar sua família após a morte do pai e sua mãe sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Ao longo de sua jornada, o astro mundial enfrentou problemas com a máfia e as consequências de uma vida regada a excessos.
42 – A História De Uma Lenda (2013)
Primeiro jogador afro-americano a atuar na Major League Baseball (MLS) na Era Moderna, Jackie Robinson tem sua história retratada na obra escrita e dirigida por Brian Helgeland. O filme foca nos acontecimentos das temporadas de 1946 e 1947, mostrando todos os percalços vividos pelo personagem até que pudesse romper o preconceito racial dentro e fora dos campos e se tornar para sempre um dos maiores ídolos do esporte nos Estados Unidos.
Lançada em 2013, a cinebiografia obteve a melhor estreia de um filme com a temática do beisebol em Hollywood e foi estrelada pelo saudoso Chadwick Boseman, protagonista de Pantera Negra entre 2018 e 2019.
Soul Surfer – Coragem de Viver (2011)
Antes de se transformar em filme, a dramática e inspiradora história da surfista adolescente Bethany Hamilton já havia sido contada em sua autobiografia, publicada em 2004 com o título “Soul Surfer: A verdadeira história de fé, família e luta para voltar à prancha”.
Nascida e criada no Hawaii, Bethany sempre teve o surfe ligado à sua vida. Aos 13 anos, durante um treino, sofreu um ataque de tubarão e perdeu o braço esquerdo. Corajosamente, ela superou todas as dificuldades, voltou ao esporte e se tornou campeã no circuito profissional. Em sua semana de lançamento, a produção chegou a ocupar o quarto lugar nas bilheterias.
O Vencedor (2010)
Irmão de um ex-boxeador profissional de sucesso em decadência, o também pugilista Micky Ward tem sua história contada na obra dirigida por David O. Russel e estrelada por Mark Wahlberg. Sempre à sombra do irmão e treinador Dicky Eklund, Micky viveu uma série de dramas e desafios até se desvencilhar da influência da família para se tornar campeão dos pesos meio-médios do WBU Light no ano 2000.
Com seis indicações ao Oscar e outras seis ao Globo de Ouro, o filme venceu as categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Christian Bale) e Melhor Atriz Coadjuvante (Melissa Leo) nas duas premiações.
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